terça-feira, 6 de janeiro de 2009

TABACARIA

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
..."
Parte de poema tabacaria de Álvaro de Campos

Uma parte da qual gosto especialmente... talvez pela carroça de tudo,
pelos todos os sonhos do mundo ou pela estrado do nada.
Não sei, mas vou descobrir.
*


Um comentário:

Daniela Tavares disse...

Oi!!

Gostei! Andas a estudá-lo ou simplesmente a lê-lo!!

Parece complicado, a maneira como escreve, mas parece interessante!! ^.^

Obrigada pelo comentário no meu blog, as tuas palavras alegram-me sempre que as leio!!

Espero que melhores rapidamente e também te desejo sorte nos estudos!!

Beijinhos grandes*